Comitiva  Boi  Soberano


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QUEIMA  DO  ALHO NO  SÍTIO  DOS  ANGICOS, TANABI-SP

22 de março de 2.006

 

                            Aos vinte e dois dias do mês de março do Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e seis, uma quarta-feira, no Sítio dos Angicos, Bairro do Malhador, Córrego do Guamirim, município de Tanabi, ponto de pouso da Comitiva Boi Soberano, realizou-se uma  "queima do alho"  para recepcionar os integrantes do Clube “Os Independentes” de Barretos, João Paulo Martins e Dorival Gonçalves, coordenadores do concurso da "queima do alho" da Festa do Peão de Boiadeiro daquela cidade. Estiveram presentes, além dos integrantes da comitiva, o Sr. Izaltino Gonçalves, autor da moda de viola “Boi Soberano”, José Ribeiro, o tetracampeão em montaria de cavalo da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, e Augusto Estêvam da Silva, da família dos Augustos Catireiros, de Tanabi. Também compareceu o Dr. Luiz Antônio Batista da Rocha, barretense estudioso das tradições das comitivas de transporte de boiada. A visita teve duas finalidades: a primeira, entregar ao Dr. Aguinaldo José de Góes, comissário da Comitiva Boi Soberano, um vídeo que reúne várias imagens alusivas as comitivas de peões de boiadeiro, transporte de boiada, "queima do alho" e outros assuntos afins. Nesse vídeo, a Comitiva Boi Soberano aparece em destaque por primar pela fiel observância dos usos e costumes das comitivas que transportavam boiada para Barretos na primeira metade do século vinte. A segunda, foi colher imagens da Comitiva Boi Soberano para o acervo que está sendo montado com vistas ao Museu do Peão de Boiadeiro do Clube “Os Independentes”. Na ocasião, João Paulo Martins, falando em nome de “Os Independentes”, ressaltou a afeição que os integrantes daquele clube têm pela Comitiva Boi Soberano, que desde o ano 2.000 tem participado da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos com muito cuidado no resgate da verdadeira tradição do peão de boiadeiro, não só quanto ao arreamento dos animais e ao traje dos peões, como quanto às tralhas de cozinha e à presença de um violeiro entre os peões. Martins fez questão de ressaltar que, em razão disso, quando a Comitiva Boi Soberano chega a Barretos a porteira do Clube “Os Independentes” se abre sozinha para a comitiva tanabiense. Na dedicatória do DVD entregue ao Dr. Aguinaldo naquela ocasião, está escrito: “Dr. Aguinaldo, por tudo o que o senhor representa nas tradições do Peão de Boiadeiro este clip foi totalmente dedicado a você. Seus amigos, João Paulo Martins, Dorival Gonçalves e Luiz Antônio Batista da Rocha.” Após as manifestações dos que fizeram uso da palavra, foi dado o toque de berrante anunciando a "queima do alho" e todos os presentes puderam saborear a deliciosa comida feita pelo cozinheiro Sérgio da Silva Félix, que ganhou copiosos elogios, sendo constituída pelo cardápio básico do peão estradeiro, a saber: arroz de carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e carne assada na chapa. Antes do almoço propriamente dito, os presentes puderam provar algumas guloseimas típicas, como rapadura, goiabada cascão, queijo curado e amendoim torrado. A atração musical ficou por conta do peão violeiro da comitiva, o “Neno Carreiro”, que cantou inicialmente acompanhado do Sr. Izaltino Gonçalves e depois fazendo dupla com o ponteiro de boiada, Ílio Lopes. 

A "queima do alho" é o preparo da comida dos peões de boiadeiro das comitivas de transporte de boiada. Quando os boiadeiros se aproximavam do local onde a comida estava sendo preparada, sentiam o forte cheiro do alho sendo frito na panela e exclamavam: "o cozinheiro já está queimando o alho", isto é, está cozinhando. Daí surgiu a expressão que hoje dá nome ao famoso concurso de culinária que se realiza todo último sábado da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, no Ponto de Pouso. A comida é feita em pequenos fogões dobráveis, chamados trempes, que viajam sobre os cargueiros. Os pratos são: arroz de carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e carne assada na chapa.

Aguinaldo José de Góes

Comissário

Foto: Rúbio/Tanabi-SP

No sítio, este é o barracão onde se abrigam os peões da comitiva. Na época, ainda estava em obras.


Foto: Rúbio/Tanabi-SP

Da esquerda para a direita:

Atrás, de pé: Antônio Ribeiro de Almeida ("Tonho"); Antônio Conerro Gonçalves Munhoz ("Toninho Gonçalves"); Manoel Messias Pereira; João Paulo da Silva; Angenor Castro Geralde; Ílio Lopes ("William"); Nilson Freitas Assunção ("Neno Carreiro"); Dr. Aguinaldo José de Góes; Izaltino Gonçalves; José Ribeiro; José Rubens Maciel; Jorge Aparecido de Souza ("Jorge Pequeno"); João Roberto de Oliveira; Aparecido Donizete Moreto ("Neno"); João Alves Rodrigues  ("João Baiano") e Augusto Estevam da Silva ("Gustinho Catireiro") .

Na frente, abaixados: José Ramos da Silva; Sérgio da Silva Félix; Gilberto Della Coleta; Delviro José Medeiros; Aparecido Donizete Donaire; Mário Lopes Molon Filho ("Marinho") e Ermano de Lima Gomes ("Pardinho").


Foto: Rúbio/Tanabi-SP

Da esquerda para a direita:

Atrás, de pé: Augusto Estevam da Silva ("Gustinho Catireiro"); João Roberto de Oliveira; Angenor Castro Geralde; João Alves Rodrigues ("João Baiano"); Antônio Conerro Gonçalves Munhoz ("Toninho Gonçalves"); Manoel Messias Pereira; Nilson Freitas Assunção ("Neno Carreiro"); Dr. Aguinaldo José de Góes; José Rubens Maciel; Ílio Lopes ("William"); João Paulo da Silva; Ermano de Lima Gomes ("Pardinho"); Jorge Aparecido de Souza ("Jorge Pequeno"); Delviro José Medeiros; Antônio Ribeiro de Almeida ("Tonho") e Aparecido Donizete Moreto ("Neno").

Na frente, abaixados: José Ramos da Silva; Sérgio da Silva Félix; Aparecido Donizete Donaire; Izaltino Gonçalves; José Ribeiro; Mário Lopes Molon Filho ("Marinho") e Gilberto Della Coleta.


Foto: Rúbio/Tanabi-SP

Da esquerda para a direita: "Granfina", "Garota" e "Princesa".


Foto: Rúbio/Tanabi-SP

E o restante da tropa...


Foto: Rúbio/Tanabi-SP

E o restante da tropa...


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